
A qualquer momento desta semana chega às livrarias “Life”, a biografia de um sobrevivente: Keith Richards.
O guitarrista é o primeiro dos Stones a lançar suas memórias.
“No início minha maior preocupação era se a minha memória seria confiável. Fox teve de fazer um pouco o trabalho de um detetive”, explica o músico.
Fox é James Fox – jornalista e amigo de Keith de longa data –, responsável por unir todo o material após inúmeras entrevistas e pesquisas em cartas antigas e jornais.
O jornal “The New York Times” acaba de publicar uma entrevista com o guitarrista sobre a biografia – que mesmo sem ter chegado às prateleiras já explorou tudo e mais um pouco sobre as intrigas entre Keith Richards e Mick Jagger.
A jornalista Janet Maslin descreve que se encontrou com Keith no escritório dele, uma sala com paredes laranjas cercadas de espelhos, prêmios musicais e discos de platina.
Trajando uma calça esfolada na altura dos joelhos, sapato verde, anel de caveira, bandana e chapéu de palha colorido, o músico – que se atrasou apenas um minuto – não puxou nenhum cigarro durante os cerca de 60 minutos de entrevista. Num canto da sala – e passando quase batido –, um case de guitarra Louis Vuitton.
A matéria começa dizendo que Keith já passou por muitas fases: “A do escoteiro, a do roqueiro amador, a do louco apaixonado (por Ronnie Spector, esposa do produtor Phil Spector), a de astro do rock, a do vício em heroína, a do veterano em incontáveis turnês e a do parceiro de Mick Jagger”.
Mas o grande achado é o que está escrito na orelha do livro: “Acreditem ou não, eu não me esqueci de nada”.
Há três anos, o guitarrista da banda Rolling Stones Keith Richards deu uma declaração polêmica afirmando que cheirou as cinzas de seu pai, morto em 2002. Agora, na biografia Life, ele esclarece como isto aconteceu. O trecho que você lê abaixou foi publicado pelo jornal Daily Mail:
"A verdade é que, depois de guardar as cinzas de meu pai por seis anos em uma caixa, por não aceitar a ideia de jogá-las ao vento, finalmente plantei um carvalho inglês para espalhá-las em torno dela.Quando abri a caixa, uma pequena quantidade de cinza caiu na mesa. Não poderia simplesmente limpá-la, enquanto passei meu dedo por ela e cheirei. De cinzas para cinzas, de pai para filho. Ele agora faz árvores crescer e me amaria por isto."
O livro trás mais uma série de declarações bombásticas, algumas referentes ao parceiro Mick Jagger: "Ele tem pênis pequeno", "Ele fazia aulas de canto", "Ele se tornou um cara insuportável, sinto falta do meu amigo"